OBRIGADA :-)
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Chego aqui, tiro a máscara e escrevo assim...
500 anos do Massacre de Lisboa 1506-2006
A primeira vez que visitei Amesterdão fui visitar a Sinagoga portuguesa. Assim se chama, ainda hoje. Encontrei lá visitas e brochuras em português. Mas mais do que isso, encontrei os nossos nomes escritos nos bancos. Não eram números, eram e ainda são hoje, nomes e são nossos. Também lá estava o meu. Comovi-me. O mesmo me aconteceu em Salónica, Istambul e até em Praga encontrei os nossos nomes que tiveram de fugir para não serem mortos ou espoliados. Disto sabemos mas não falamos. Sabemos pouco e não falamos nada. É estranho. Passados 500 anos seria bom que já pudessemos falar abertamente sobre o nosso lado mais obscuro. A paz connosco também passa por aí.
Sabes mãe, nesta vida oscilo entre o cordão umbilical que tenho de cortar e a saudade da segurança do teu ventre. Tenho de ser eu mãe, por oposição a ti. Isto dói-te, não é? Desculpa, mas não posso ser, fazer de outra forma. É a minha luta, o meu caminho.
Sabes mãe, às vezes é violento , queres deter-me, agarrar-me. Sofres, eu já não sou de ti.
E o que me dá força para nascer, irromper, ser eu? É o amor que me deste a vida toda. É ele que me dá asas e me afasta de ti. É a tua grande lição de Amor.
Para ti esta flor, a minha primeira orquídea minha querida mãe. Amo-te. Neste dia que recordas o teu caminho, a tua luta, tu filha também,Parabéns:-)