sábado, janeiro 27, 2007

Bom fim-de-semana!

Deixo-vos com Ella, em boa companhia...:-)

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Nuevo Ballet Español






"Nuevo Ballet Español" ontem no Cirque Royal. Flamenco, dança contemporânea, ritmo, fúria, tristeza, força. Muito amor pelo que se faz. Ver o prazer e felicidade na cara de quem dá tudo o que tem e nos invade de emoções. Sentir o nó na garganta e ter vontade de irromper num "taconeo", deixar bailar os braços, marcar o ritmo com as mãos e dar largas aos sentimentos. Isso não aconteceu, só em pensamento... recordar o sentidos, as emoções, o que é estar vivo... foi fantástico.

quinta-feira, janeiro 25, 2007

E afinal tudo é tão insignificante...



...tudo é tão simples, pouco, fácil, solucionável perante a morte. As frustrações do trabalho, os problemas de compreensão linguístico-cultural com os nativos do país, o síndrome pré-menstrual, os dias não e os dias sim, os atrasos nos vôos, a falta de civismo, o céu cinzento, a teimosia própria e a do companheiro, a dor de ouvidos, a chatice das reuniões, os erros, as faltas, as maldades e a as bondades...tudo é tão pouco perante a morte.
Depois de se ficar a saber que aquela pessoa, que tão bem conhecemos, que agora mesmo vizualizamos perfeitamente, simpática, correcta, competentíssima,daqui a uns meses já não será, como é possível? Como é possível com tanto filho da puta, logo ela? Como é possível agora ser e logo a seguir deixar de ser? Como é possível esquecer-me constantemente que somos insignificantes, que um dia, e não sabemos quando, deixaremos de ser?
A minha primeira reacção é de incapacidade de encaixe, querer que NÃO, que não é possível! Como sou arrogante... depois vem a inevitável aceitação da insustentável leveza do ser, seguida dum quase pânico, da vontade de fazer trinta mil análises...e afinal mais cedo ou mais tarde...
Por isso o melhor, é recordar-me que tudo é tão insignificante, tão simples, tão solucionável...até ao dia...

quarta-feira, janeiro 24, 2007

A menina da rádio II





Descoberta feliz online: "Biblioteca virtual" de Elza Gonçalves na Radio Europa. Os meus ouvidos agradecem...e os neurónios também :-)))))

segunda-feira, janeiro 22, 2007

O perfume do marmelo maduro...


...ou da Cydonia oblonga, seu nome latino, pode parecer tema de pouca importância. E de facto assim é. Porém, a importância das coisas depende bastante da sua raridade ou do proveito que delas retiramos . No reino das frutas portuguesas ele é seguramente pouco considerado. Afinal é áspero, surge uma vez por ano e exige confecção demorada para ser tragado. Desaparece tímido atrás duma qualquer manga ou ananás, até mesmo das nossas banais laranjas, pêras ou maçãs. Só mesmo a sua versão edulcorada, a marmelada, nos reenvia para pensamentos hedonistas, to say the least...
Longe das terras argilosas e do sol do Sul o marmelo revela a sua valentia. Por entre prateleiras e caixas de fruta de todas as origens, da mais corriqueira à mais exótica surge um perfume agradável e sobretudo inesperado. Inesperado porque no Reino dos Belgas é raro fruta e legumes terem cheiro (não falemos sequer do sabor, tenham dó de mim). Atrás do olfacto apurado que quis o destino que herdásse dos meus antepassados sigo a pista até me dar de caras com uns belos frutos amarelos, lisos e luzidios que fazem figura de estrela no meio daquela fruta toda. O marmelo afinal é valente, audaz e persistente. Não se deixa intimidar pela popularidade fácil de tantos outros, guarda-se para o Inverno, quando a frutaria se aparenta ao mais industrial plástico ele arvora o seu aroma.
E nem imaginam o meu prazer quando os comi simplesmente cozidos com água e açúcar, a fazer lembrar os dias em que lá em casa, chegada a estação dos marmelos, se procedia paulatinamente à sua transformação em marmelada e, melhor ainda, em geleia de marmelo, comendo pelo caminho os ditos marmelos cozidos...

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Bom fim-de-semana!




Deixo-vos esta guloseima... :-)

Nova pilha ecológica -Soft Battery

Lançada por uma empresa finlandesa, a sart up Enfucell, são 5 cm2 de papel ecológicos, discretos e baratos. Para saber mais ler aqui.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Para dias de vendaval e chuva VI ...




*Pôr do Sol a caminho da "Boca do Inferno", Dezembro 2006.
...memórias...

A propósito de despenalização da IVG...

leia-se no Le monde Diplomatique de junho de 2006:

"La révolution libérale en cours se double d’une offensive conservatrice les visant (les femmes) principalement, à travers la remise en cause du droit à l’avortement pour rétablir la valeur de la famille et du patriarcat. A noter le retour des religions dans leurs aspects les plus sectaires – et non pas de la religion – pour revenir à un passé recomposé où la femme était dominée."

A menina da rádio...

Confesso que já raramente vejo o telejornal, aliás não é só o português. Esta afirmação devia envergonhar-me mas ainda assim faço-a. Para salvar a face acrescento que leio todos os dias na internet os jornais que me interessam, pelo que chegando às 20h já sei o que se passou(em princípio, vá se lá saber o rigor de quem relata) e não preciso de detalhes barrocos e inúteis. Não preciso de imagens violentas a acelerarem a adrenalina poucas horas antes de me deitar.
Acresce que nesta onda em que me fui instalando sem dar por ela voltei à Radio online. Sento-me serenamente em frente ao computador, escolho um qualquer programa das Antenas1,2 ou3 , deito-me no sofá ali ao lado com um livro ou só para descansar e delicio-me durante 20-30 minutos. Comecei pela "Escrita em dia" do Francisco José Viegas, logo descobri o "À volta dos livros" da Ana Aranha, veio depois o "1001 escolhas" da Madalena Balça e agora ando pululando alegremente desenvolvendo preferências, claro. Tudo graças aos programas armazenados online acessíveis através de podcast.
Leio mais, oiço e reflicto com tempo e olho com os meus próprios olhos para o mundo. Por vezes sinto que nos esquecemos de olhar com olhos de ver e limitamo-nos a engolir as visões dos outros. É sempre útil comparar ideias, perpectivas, até porque ninguém detém a verdade absoluta. Mas melhor que aceitar passivamente prefiro comparar. Eu vejo isto, fulano aquilo, cicrano aqueloutro...Sendo que por vezes nem de perspectivas se trata mas sim de pura futurologia. Viessem todos estes debates sobre o que será, o que seria, o que devia e podia ter sido numa revista feminina e já teriam tido o habitual comentário rançosamente machista de uma qualquer eminência parda dizendo que o povo segue as modas das revistas femininas, apoiando no "femininas" para ficar patente o nojo e superioridade intelectual.
Assim, os ditos debates são feitos maioritariamente por homens, salvo a presença da mulher moderadora em quem depois se malha forte e feio, e passam em horário nobre. São coisa séria, de gente séria que se ocupa de assuntos da maior importância. Bom, Prós e Contras sobre o que o governo vai conseguir fazer até ao fim do mandato, foi o programa que por mero acaso vislumbrei num zapping enfastiado. Para mim podia vir na secção dos horóscopos da Marie Claire, é futurologia ainda por cima descaradamente misturada com "hidden agendas", dado que mais não pode ser que uns a dizerem que sim que vai conseguir e os outros a dizerem que não (eu também podia abrir uma banquinha de adivinhção, não acham?) mas enfim...
Radio dá-me música por favor... :-)

sábado, janeiro 13, 2007

Bom fim de semana!

Deixo-vos esta... provocação

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Alquimia



Antes de Miguel Sousa Tavares ter escrito "Equador" e ter assim recordado o chocolate de São Tomé e Príncipe, já eu tinha ouvido falar das suas propriedades. Ou será que devo dizer poderes?
Não posso dizer que fosse tema de conversa recorrente lá em casa, mas falou-se uma ou duas vezes do assunto e lembro-me do meu pai ter dito com ar solene: "o melhor café do mundo é o de Timor e o melhor chocolate era o de São Tomé". Não irei agora entrar numa digressão de foro psicológico para tentar perceber porque motivo esta frase me ficou na memória, mas a verdade é que ficou.
Mais tarde, quando foi repetida, lembro-me de ter desconfiado da sua veracidade, não pelo seu autor, mas porque desconfio sempre de frases que começam por "o melhor do mundo...".
A curiosidade terá no entanto deixado semente adormecida. Acontece que no mês passado resolvi visitar a nova loja da Neuhaus que o Sofitel da Place Jourdan fez o favor de abrir mesmo ao lado de um dos edíficios onde trabalho. As barras de chocolate de São Tomé, sobriamente enfeitadas com um simples laço à banda, captaram-me a atenção. A atenção e poucos segundos depois o desejo e o prazer. Começou uma história de amor (podem tocar os violinos, por favor).
Não sei por onde começar. O melhor de tudo é que não há senão. Esta é uma bela sem senão. Delicioso, voluptuoso, saudável, pejado de ferro, cálcio e vitamina A, intenso, com um quadrado satisfaz a gula, só faz bem!
É a perfeição. E como a perfeição não é deste mundo...só pode ser alquimia...

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Para dias de vendaval e chuva V...









...memórias.

Para dias de vendaval e chuva IV...








...memórias.

Para dias de vendaval e chuva III...








...memórias.

Para dias de vendaval e chuva II...



...memórias

Para dias de vendaval e chuva...

...memória mornas, de terras azúis, recheadas de frutas diferentes, doces, deliciosas. Como o fruto verde da esquerda...o " Fruto delicioso". Sedoso, de polpa branca, mistura de ananás com banana. Uhmmmm...