E afinal tudo é tão insignificante...
...tudo é tão simples, pouco, fácil, solucionável perante a morte. As frustrações do trabalho, os problemas de compreensão linguístico-cultural com os nativos do país, o síndrome pré-menstrual, os dias não e os dias sim, os atrasos nos vôos, a falta de civismo, o céu cinzento, a teimosia própria e a do companheiro, a dor de ouvidos, a chatice das reuniões, os erros, as faltas, as maldades e a as bondades...tudo é tão pouco perante a morte.
Depois de se ficar a saber que aquela pessoa, que tão bem conhecemos, que agora mesmo vizualizamos perfeitamente, simpática, correcta, competentíssima,daqui a uns meses já não será, como é possível? Como é possível com tanto filho da puta, logo ela? Como é possível agora ser e logo a seguir deixar de ser? Como é possível esquecer-me constantemente que somos insignificantes, que um dia, e não sabemos quando, deixaremos de ser?
A minha primeira reacção é de incapacidade de encaixe, querer que NÃO, que não é possível! Como sou arrogante... depois vem a inevitável aceitação da insustentável leveza do ser, seguida dum quase pânico, da vontade de fazer trinta mil análises...e afinal mais cedo ou mais tarde...
Por isso o melhor, é recordar-me que tudo é tão insignificante, tão simples, tão solucionável...até ao dia...
7 Comments:
Nem mais! e, no entanto, somos sempre apanhados de surpresa perante a definitividade da morte...
Beijos grandes Sofia
Olá Pitucha,
É isso mesmo, nunca há preparação suficiente...um beijinho grande,Sofia:-)
Beijinhos para ti e para a tua amiga! Sabes? Ainda bem que ela está acompanhada e com gente que gosta dela! (e fico sem saber o que dizer nestes momentos, a não ser que concordo com tudo o que disseste)
Nocas,
És uma querida, obrigada. Pois eu também não sei muito bem o que dizer, o que fazer, é ir vendo.Beijinhos,
Sofia
Confundi "anónimo" coma Nocas. Sorry. Obrigada anónimo:-)
Fui eu! e apareci como nocas! pq é q de repente desapareceu o meu nome? este blogger!!!!!!
...mas a imagem, o azul e os pássaros. São ainda parte do infinito que nos resta.
Enviar um comentário
<< Home