sábado, novembro 25, 2006
quarta-feira, novembro 22, 2006
Sopro Vital VII

Centímetro a centímetro o corpo instala-se na terra. Respirar calmamente...sim...abandonar cada músculo...sim...cabeça pesada...uhmmm...ainda não, pés pesados...uhmmm ainda não, respirar outravez encher a barriga, expirar pela boca.
Concentra-te no local que te faz sentir bem, procura o teu paraíso, uma boa memória...bom, boa memória podia ser... e também podia ser... .
Do corpo esqueci-me e ele ficou esquecido em cima da terra. Lembrei-me dele quando lhe senti o peso. Um mamute, um dinossauro, este corpo não é meu?! Tão pesado, a qualquer momento afunda-se pelo chão, não há peso assim, não há chão que o sustenha. Dois, três segundos de quase pânico, o chão vai abrir-se, esta massa, esta matéria é gigantesca, maciça. Respira calmamente oiço, sim respirar. O ar enche-me. Que força tenho para me carregar pela vida. (olhos fechados, sobrancelhas arqueadas). Recordo, a Terra é maior, é mais pesada, pode comigo, pode com estas toneladas que eu carrego. Deixo-me pesar sobre ela, deixo-a pegar-me, suster-me, aguentar-me. E eu neste corpo inerte, sinto-o como se não fosse meu, como se o pudessem transportar sem mim.
Respira...respira, enche-te de ar. Movo os dedos, parecem leves, recupero-os pouco a pouco. Recupero a matéria à terra, este pedaço que devagar se vai distinguindo do chão, da madeira, do frio da cêra, do mole do colchão. Neste pedaço só há a minha voz que ressoa do alto.
Transporto-o com leveza, com o ar que insuflei... estive a fazer Yoga.
segunda-feira, novembro 20, 2006
sexta-feira, novembro 17, 2006
34
Vão passando... e ainda arranjo um bolo e duas velas e aguardo com prazer assumido o momento da cantoria. Esperem...tenho de fechar as luzes...qual é a piada com as luzes acesas...tsss,tsss. Já não o fazem por mim, sou eu que assumo o papel de mestre de cerimónias...e de centro das atenções. Sim, uma única vez por ano, adoro vê-los à volta da mesa comigo pactuando neste faz de conta, rindo-nos cúmplices. Eu sou criança outravez e assumo aquele ar maravilhado perante duas velas, um bolo e um coro de vozes que canta 2 estrofes. E no fim, rimo-nos todos e eu também bato palmas. E adoro-os porque sabem e eu sei que a repetição é fictícia e que o fazem porque eu gosto.
...lá pelos 80 , permita-me o corpo e o juízo, estaremos todos cantando e eu fingindo por segundos que sou menina outravez. Cantando também com a dentadura ou sem ela, quem sabe...mas serei gaiteira, isso sim, festa e bolo e copos e conversa...assim me permita o espírito. Mas desejo sobretudo que estejam lá todos à volta, não tanto por me alimentarem o sonho por segundos, mas porque estarão lá.
terça-feira, novembro 14, 2006
Homem Aranha em Lisboa...
Pensavam que isto dos super-heróis é "faz de conta", pois não é não... vejam aqui. Eu é que sou a ovelha negra da família, subir só se for pelas escadas , elevador ou quando muito pelas escadas rolantes... sou uma versão moderna, digamos assim.
segunda-feira, novembro 13, 2006
Saramago

Entrevistado hoje no El País a propósito do seu último livro "As pequenas memórias".
*Foto de João Pina, Kameraphoto.
sábado, novembro 11, 2006
My Architect - A son's journey
Quem sou eu? será a pergunta que nos traz percorrendo a vida. Nem sempre pensamos nela, mas lá está, na nossa busca de Deus, na nossa busca do pai e da mãe, na nossa confrontação com a vida e com a morte. Quem sou eu?
Nathaniel Kahn leva-nos com ele na sua viagem de procura do pai que pouco conheceu: o arquitecto Louis I. Kahn. Descobrimos as obras deste arquitecto pelo olhar do filho que tenta decifrá-lo .
O documentário é interessante e muito tocante por isso. Descobrimos o homem através do arquitecto. O criador genial de eternos "monólitos" atrás do criador incapaz dos filhos que deixou. O arquitecto amado e o homem incompleto. A cólera do filho e o apaziguamento que procura. A obra que questiona o criador. O criador que não a soube amar como ela queria.
Paralelos os caminhos do pai que se inventou questionando Deus, o pai que ele próprio não teve. Projectando-se em inúmeras contrucções. O caminho do filho que procura conhecer o pai que nunca esteve presente, que sempre foi esperado.
Mas os caminhos não se repetem, Nathaniel, o filho, procura perceber, investiga o passado de Louis filho de judeus vindos da Estónia e encerra o capítulo. Cabe-lhe quebrar o ciclo vicioso de homens incapazes de viver o seu lado afectivo. Nathaniel desconstrói e confronta a mãe, questiona-se sobre a família, não hesita em descontruir o mito de Louis. Ver o homem que terá sido, imperfeito e genial. E agora, resta-lhe seguir o seu caminho.
segunda-feira, novembro 06, 2006
Encontro marcado no dia 24 de Fevereiro na Ancienne Belgique
Até lá, tempo para descobrir, para sentir, para sonhar com esta voz..."Like a Star" Corinne Bailey Rae.
Até lá, tempo para descobrir, para sentir, para sonhar com esta voz..."Like a Star" Corinne Bailey Rae.
sexta-feira, novembro 03, 2006
Bom fim de semana!
Que venha o frio, a chuva, com este ritmo posso bem com eles...e este é o meu primeiro vídeo:-)))))
Que venha o frio, a chuva, com este ritmo posso bem com eles...e este é o meu primeiro vídeo:-)))))