sábado, janeiro 26, 2008

Bom fim-de-semana!


É sempre bom sacudir clichés, preconceitos e arejar ideias. Provavelmente quem aqui vem já sacudiu esses empecilhos, mas nunca é demais fazê-lo. Este fim-de-semana resolvi recordar a beleza da estética asática, neste caso chinesa .



Deixo-vos com Shanghai Tang, o actual design chinês no seu melhor, na minha humilde opinião. Desfrutem...


Para mais informações aqui ou aqui.



*Foto retirada do site Shanghai Tang.

sábado, janeiro 19, 2008

Bom fim-de-semana!


"She would not say of any one in the world now that they were this or were that. She felt very young; at the same time unspeakably aged. She sliced like a knife through everything; at the same time was outside, looking on. She had a perpetual sense, as she watched the taxi cabs, of being out, out, far out to sea and alone; she always had the feeling that it was very, very dangerous to live even one day. Not that she thought herself clever, or much out of the ordinary. How she had got through life on the few twigs of knowledge Fräulein Daniels gave them she could not think." in Mrs Dalloway de Viriginia Woolf.
Deixo-vos este cheirinho...

quarta-feira, janeiro 16, 2008

O outro lado do sítio de onde se olha para trás e se ri

Há um sítio algures onde se olha para trás e se ri. Foi o que sempre pensou. Tantas vezes ouviu essa frase quando atingia o auge da agonia apaixonada. Amores da juventude era um insulto para aquele que parecia ser o seu último sopro de vida.
Mas havia um sítio, um lugar algures onde olharia para trás e se riria de tudo. Onde um senhor amável e meticuloso teria limpo os depojos das lágrimas e pensamentos infindáveis e compulsivos e onde brilhavam apenas as memórias dos melhores momentos.
Imaginava que fosse um sítio onde se chega depois duma valente dose de analgésicos. Onde se chega meia grogue e depois se olha para trás e com uma visão cósmica se tem um acesso de riso épico. Daqueles imparáveis e magnânimes que nem se sabe se são de alegria ou não. Mas que aliviam. Ou então imaginava-se intocável, diáfana de tanta sabedoria , dedicando um sorriso subtil ao olhar para trás.
Equilibrava-se agora numa aresta, com dificuldade. E tentava olhar para trás. Não se riu. Não sei bem se esboçou um sorriso, daqui é difícil ver. Os olhos humedeceram-se, quase com lágrimas. E foi então que sorriu. Um sorriso enternecido. Com saudade. Com distância. Sem remorsos nem arrependimentos. Virou-se para a frente, pegou na bagagem moveu um pé para avançar e disse: E agora?