quarta-feira, maio 28, 2008

As minhas descobertas preferidas na Internet

Os caminhos que utilizo nas minhas deambulações cibernéticas são vários. Desta feita foi pelo i-tunes que descobri a UCTV

A UCTV é o site da Universidade da Califórnia com vídeos e podcasts com entrevistas de inúmeros académicos, especialistas nos temas mais variados. Como é hábito comigo, já se está a tornar num vício...a que me entrego sem resistência.

Deixo-vos estes três exemplos que já vi e de que gostei:

Da série "Conversations with History: The moment of Empire", entrevista de Amy Chua, Professora de Direito de Yale.

Da série "Conversations with History: The Emergence of New China", entrevista de John Pomfret, jornalista do Washington Post especialista da China.

Da série "Artists on the cutting edge":"One Hundred Secret Senses: a reading by Amy Tan"


Que lindo que é o canto coral

Lê-se a seguinte passagem no relatório da Amnistia Internacional sobre a China:

"Repression of spiritual and religious groups

Millions of people were impeded from freely practising their religion. Thousands remained in detention or serving prison sentences, at high risk of torture, for practising their religion outside of state-sanctioned channels. Falun Gong practitioners, Uighur Muslims, Tibetan Buddhists and underground Christian groups were among those most harshly persecuted.
During the year over 100 Falun Gong practitioners were reported to have died in detention or shortly after release as a result of torture, denial of food or medical treatment, and other forms of ill-treatment.

Underground Protestant house church meetings were frequently disrupted by the police, participants often detained and beaten, and the churches sometimes destroyed.

Hua Huaiqi, a Beijing-based house church leader, was sentenced in a closed trial in June to six months in prison for obstructing justice. He was reportedly beaten in jail. His 76-year-old mother, who protested against her son’s treatment, was herself sentenced to two years in prison for destruction of public and private property after her cane struck the headlight of an oncoming police car.

Members of China’s unofficial Catholic church were repressed. An elderly Catholic bishop, Han Dingxiang, died in custody under suspicious circumstances after more than 20 years in jail. He was quickly cremated by local authorities.
Religious adherents of all beliefs had difficulty getting legal counsel, as lawyers willing to take up such sensitive cases were often harassed, detained and imprisoned."
Ouvido por mim da boquinha de chineses da RPC em coro: "Ah na Bélgica há liberdade religiosa? É como na China".
Para ler o relatório da AI na íntegra clicar aqui.
Para ler o relatótio da AI relativo a Portugal clicar aqui.

segunda-feira, maio 12, 2008

Deambulando por Macau III

Ontem, Domingo achei que merecia levantar-me tarde. Quando a preguiça me deixou tomar banho e vestir saí e fui até ao templo à deusa A-Ma. Fica na outra ponta de Macau, frente ao mar, ou será ao rio, tenho de verificar.

Supõe-se que o nome Macau derive precisamente deste templo ou melhor da deusa que dá nome ao templo. Esta hipótese diz que os primeiros navegadores ao chegarem à baía deste território terão perguntado onde estavam ou algo assim e responderam-lhes "A-Ma gao" , isto é, baía de A-Ma, porque nesta baía se encontrava já na altura um templo à deusa A-Ma, padroeira dos marinheiros.

O templo que vemos hoje não será o da altura mas é bastante antigo. É constintuído por vários altares repartidos em socalcos pela encostazinha duma mini-colina. Predomina a côr vermelha, os incensos pendurados no tecto, o cheiro, várias estátuas da deusa A-Ma e de outros deuses.

Dali segui a pé por ruas e ruelas numa descoberta de Macau que me levou de surpresa em surpresa. Primeiro fui até à praça Lilau em frente à casa do Mandarim, antiga casa chinesa, que infelizmente, para mim, está fechada para restauração. A praceta Lilau é linda. Rodeada de casinhas, é pequenina, com algumas árvores, velhotas e miúdos, elas a descansar eles a brincar. Dali subi até à Ermida da Penha, que em si não tem grande graça, mas que tem um belo miradouro sobre Macau, a torre de Macau, a casa do cônsul português, as pontes...

Desci a penha e segui até à Igreja de São Lourenço, depois a de Santo Agostinho, colégio de São José, Teatro D. Pedro V e biblioteca de Macau. Para além da beleza destes monumentos, está a vida e graça das ruas que levam a eles. Lojinhas e becos com portas chinesas, varandas e varandins gradeados cheios de plantas e roupa. Gente que surge de todo o lado, muitas pastelarias que vendem uns bolinhos estilo pão-de-ló que são muito bons. Aqui e ali um altarzinho com incenso, a calçada, os cheiros a comida chinesa. E assim cheguei sem me aperceber à praça do Leal Senado, segui depois para a rua da Felicidade, cheia de casas chinesas antigas (será a única, a última?). Um boticário de medecina chinesa, vários restaurantes com tanques com peixe vivo onde se "pesca" o jantar do clientes. Mais boticários, pastelarias, restaurantes minúsculos que nem parecem restaurantes mas com fila à porta.

Entretanto a noite caiu e eu dou por mim na rua das Estalagens a regressar. Passo em frente a um templo, um Pagode, portas pintadas, telhado imponente. Sigo e chego ao centro outravez. Regresso lentamente a pé, chego ao hotel tarde demais para a peça do Grupo de teatro Dóci Papiaçam de Macau. Mas valeu o passeio.

E agora, vou visitar Coloane que fica na outra margem juntamente com a ilha da Taipa.

Veremos se tenho inspiração para escrever o que vi.

Deambulando por Macau II

Este meu deambular não se limitou a museus e espectáculos. No Sábado quis o destino que o meu caminho cruzásse o duma senhora norueguesa que regressava da Austrália. Tendo parado uns dias em Hong Kong decidiu dar um salto a Macau. Tinham-lhe falado muito do Venetian e perguntou-me se era longe. Eu ainda não tinha ido lá, sabia que devia ser a uns 15 min. de táxi. E como toda a gente me pergunta se ja o vi e digo sempre que não aproveitámos para ir juntas.

Bom, o Venetian. Nem sei bem como descrever aquilo. O Venetian é um mega-hotel, shopping center, mega-casino que fica na ilha da Taipa. Uma cópia de certas partes de Veneza com respectivos canais em ponto mais pequeno, tendo no seu centro um bloco imenso de vidro bronze e azul, de vários andares que devem ser os quartos do hotel.

Tudo aquilo é bling bling à americana. Veneza transformada num parque de diversões. Os "canais de Veneza" encontram-se cobertos por um céu eternamente azul onde esvoaçam algumas nuvens diáfanas numa luz de fim de tarde. O ar cheira a perfume e o rés-do-chão das casinhas "venezianas" são lojas e lojas de marcas de luxo predominantemente ocidentais. E completamente às moscas.

Nos canais, de água límpida e baixa vêem-se moedas atiradas pelos turistas e passam gondolieri que cantam O Sole mio e me perguntam em italiano se sou italiana, nope, Portogallo, grito-lhes, a única coisa italiana ali são eles ...e nem isso se calhar...

O andar do casino é um hino ao dourado, alcatifas e muito estuque dourado. Há imitações grotescas de frescos nos tectos e restaurantes de design impecável a toda a volta. O lobby do hotel imita um palazzo italiano, inclusive com duas grandes reproduções de imagens da Sereníssima.

Podia tentar ser politicamente correcta. Mas se vos disser o que senti, aquilo não é feio mas é triste. É grotescamente triste. Uma país com 5000 anos de história, para quê aquilo. E depois Veneza ,a bela e autêntica Veneza cheira a maresia nos dias sim e a podre nos dias não, o ar é húmido, os gondolieri não cantam e olham-nos com enfado, os palazzo têm a pintura decadente. Veneza é decadente, deliciosamente decadente. Ver uma tentativa de Veneza asséptica deu-me quase vontade de chorar. As coisas sem alma são assustadoras.

Conclusão: o Venetian ficou visto, até nunca mais.

Apanhámos um táxi e levei a senhora norueguesa a visitar o Leal Senado, as ruelas que levam às ruinas de São Paulo, a rua da Felicidade. Disse-me que adorou e que sou uma excelente guia. É que eu de facto gosto muito daquela zona e quando se gosta... A Paula, assim se chamava, apanhou o ferry de volta para Hong Kong e eu voltei ao hotel. É tão bom quando os nossos caminhos cruzam os de alguém, quando se descobrem afinidades. Foi bom ter companhia divertida e interessante durante várias horas...aqui por Macau a hospitalidade de quem oficialmente me recebe têm andado tímida, digamos assim...


Deambulando por Macau I

Hoje é feriado em Macau. É dia do Buda, dia do seu nascimento. Isto significa que tivemos um fim-de-semana prolongado.

Decidi ficar por Macau e conhecer melhor o território.

Visitei o Museu de Macau e o Museu de Arte de Macau. O primeiro encontra-se na colina do forte ao lado das ruínas de São Paulo. Está mesmo no cimo da colina, dentro das muralhas do forte. Apresenta a história do território, antes da chegada dos portugueses e depois. Gostei muito. Gostei sobretudo de ficar a saber quais os hábitos das populações chinesas, como viviam, onde, o que compravam e vendiam, como casavam. Como se misturaram as duas culturas dando origem aos macaenses.

O Museu de arte de Macau fica perto da Doca dos pescadores e da estátua à deusa Kum Ian. É um edifício de arquitectura contemporânea, bastante giro. Muito bonito comparado com os horrores sob forma de hotéis que têm sido construídos. Visitei a exposição da VII bienal de Macau. Há criatividade por estas bandas, muita e recomenda-se.

No mesmo museu está patente uma exposição com obras emprestadas pelo Louvre com arte da Grécia clássica. Chama-se "Platão em terras de Confúcio". Um paralelismo entre a civilização que criou a Maratona e os Jogos Olímpicos e a civilização e filosofia de Confúcio. Pareceu-me uma excelente ideia com os Jogos daqui a pouco em Pequim. A exposição estava às moscas. E não será por falta de publicidade em toda a cidade. Nos últimos andares uma exposição de fotografia de dois fotógrafos macaenses, Lei Chiu Vang e Ou Ping sobre a Macau da primeira metade do séc. XX. Que diferença!! E que belas fotos.

No Sábado à noite fui assistir a um espectáculo de dança clássica e contemporânea da Escola de dança do Conservatório de Macau no Centro cultural de Macau. O Centro cultural de Macau fica ao lado do Museu de Arte, aliás formam um todo.

O espectáculo de dança fez-me recordar os meus anos de dança clássica, os espectáculos no fim do ano com as famílias presentes a apoiar o resultado do esforço dum ano inteiro. As várias composições tinham uma qualidade muito variável (como no meu tempo, aliás). Oscilando entre o contemporâneo, o clássico (chatinho) e a dança oriental. Foi muito interessante ver o esforço criativo e o empenho dos jovens bailarinos. A sala estava cheia, europeus ou ocidentais uma meia-dúzia.

No pequeno auditório do mesmo centro cultural decorria Sábado e Domingo uma sátira em patuá dum grupo que tenta manter vivo este falar macaense. Acabei por não poder ir ver e fiquei cheia de pena. Deixo aqui o link para um post do blogue Bairro do Oriente que faz uma descrição e apreciação do espectáculo do Grupo de Teatro Dóci Papiáçam di Macau.

E depois os preços...o bilhete mais caro a 150 patacas que são 12,5€, nem dava para acreditar quando penso no que pago em Bruxelas. Eu bem sei que estas comparações não levam a lado nenhum, o nível de vida é bastante diferente, mas ... não deixa de ser uma surpresa agradável.

sexta-feira, maio 09, 2008

De como somos todos bastante parecidos

Quantas vezes falamos de turistas asiáticos que vemos nos nossos países como sendo chineses ou japoneses independentemente de o serem ou não? Para nós os traços asiáticos são todos muito parecidos e não distinguimos entre chineses, coreanos, japoneses, vietnamitas etc... Quando o contacto com estes povos se intensifica começamos a ver as diferenças. Conhecer melhor o outro significa também vê-lo melhor, com mais pormenores.

Esta é uma regra que se aplica a todos os povos. Para muitos asiáticos nós europeus somos todos parecidos independentemente de sermos louros, morenos de olhos claros ou escuros. Já o sabia graças à mãe da minha cara metade. Tal como acontece connosco, os que conhecem bem as nossas fisionomias também reconhecem nelas várias diferenças.

Mais uma prova deste facto foi o que se passou hoje ao jantar. Uma das empregadas de mesa que me serviu, amabilíssima e muito simpática como sempre, perguntou-me se eu era uma tal de Daynara Torres. Eu disse que não e nem sabia quem era a pessoa em questão. Disse-me então que estavam cheios de curiosidade pois achavam que eu era ela, tive de desiludi-la... Ela garantiu-me no entanto que ela e os outros empregados me achavam muito parecida, daí a dúvida. Fiquei de ir ver quem era na Net.

Pois é... comecemos por dizer que a moça tem olhos azúis e eu não...

quarta-feira, maio 07, 2008

Hong Kong

Hong Kong foi como eu esperava mas com cheiros, calor e humidade. Fascinam-me grandes cidades que conseguem desenhar um perfil contra o céu e um burburinho digno dum formigueiro na terra. Não viveria forçosamente numa destas cidades mas gosto de absorver a energia delas durante alguns dias.

Cheguei a Hong Kong, à ilha de Kowloon, de ferry vinda de Macau. A tarde já estava a terminar e acendiam-se as primeiras luzes da cidade. Quando saí do China ferry terminal à procura dum táxi encontrei-me num centro comercial sofisticado à semelhança dos que encontram em Singapura, Kuala ou Banguecoque.

O táxi atravessou várias ruas de Kowloon e levou-me ao hotel que fica em Mongkok, perto da Ladie's street e duma zona de lojas e mercados abertos quase a noite inteira. Kowloon é a parte de Hong Kong onde se encontra o museu de arte da cidade e outros museus. Hong Kong central, com Victoira harbour e com o skyline famoso fica do outro lado. Kowloon é por isso o sítio ideal para apreciar a beleza urbana da outra margem.

O hotel tinha uma vista deslumbrante sobre o porto. A burguesa que há em mim aproveitou a desculpa de passar só uma noite para fazer o gostinho. Valeu a pena ter um janelão em frente aos pés da cama com vista sobre a cidade e victoria harbour, fenomenal.

Nessa noite passeei pelas ruas de mercados e lojas e restaurantes e vendazinhas e anúncios de neons e muita gente até às tantas da noite. Voltei exausta para o hotel, as ruas continuavam a fervilhar de gente. Deu para apreçar Asus Eeepc , deu para fotografar andaimes todos em bambú (perante o olhar atónito dum velhote), deu para inspeccionar as raízes e coisas desconhecidas nas lojas de medecina chinesa.

No dia seguinte fiz-me à estrada decidida a caminhar até à margem do mar frente a Hong Kong Central. O calor apertava, mas eu de facto sou europeia até debaixo de água, é nestas ocasiões que me apercebo. E valeu a pena.

Hong Kong tem ruas de arranha-céus mas logo ao lado ruelas de prédios mais decrépitos e mais baixos onde se encontram mercados de fruta, legumes, roupa, frutos do mar e peixe seco. Mais à frente lojas de jóias de jade, depois ouriversarias, e aqui e ali os cheiros. A podre, a cânfora, a doce...a Durian que é como se fosse a podre outravez. Vi vários gatos sonolentos sobre ou entre as bancas.

Num parque frente a um templo os velhos passam o tempo e procuram um pouco de frescura subindo as camisas até às axilas exibindo as barrigas. O templo tinha imensos incensos pendurados no tecto o que me atordoou um pouco à entrada e fez esquecer a profusão de cheiros bons e maus que tinha sentido até então.

Depois enveredei por uma ruela que me levou a uma livraria inglesa onde comprei um livro de história sobre a expedição marítima chinesa à volta do mundo no século XV: 1421 the year China discovered the world de Gavin Menzies.

Entretanto tinha chegado a hora do almoço e já eu estava na parte baixa da cidade, junto às ruas de centros comerciais de luxo. Foi a ocasião para comer no Din Tai Fung de Hong Kong e de me deliciar com nada mais nada menos que 12 dim sum e xiao long bao...

De barriga cheia desemboquei inesperadamente no cais do Star ferry terminal com uma vista deslumbrante sobre a outra margem. Uau!!!

Depois de passear pela marginal e dar um saltinho ao Peninsula (onde decorria um chá com danças de salão à anos 40...esta coisa do gosto e raiva pelo ocidente tem destas coisas insólitas), apanhei o Metro para o hotel. O Metro é excelente: funcional e muito claro. Já de bagagens nas mãos voltei ao terminal de ferries e regressei a Macau onde me soube muito bem voltar à pacatez da "calma" macaense e daquela que é já quase a "minha" cama.




segunda-feira, maio 05, 2008

Fim-de-semana: A tocha e Hong Kong

No Sábado como provavelmente saberá quem aqui vem, a chama olímpica passou por Macau. Eu tinha decidido ir a Hong Kong no fim-de-semana e como o percurso da chama passava ao pé do hotel resolvi esperar para ver e partir só depois.

O que eu vi não permite as interpretações que tenho lido e visto nos media daqui. Os media daqui referem uma manifestação patriótica sem precedentes dos macaenses pela China Rpc, mais até do que em Hong Kong. Tudo vai de como se decide apresentar os factos.

No Sábado o que eu vi foi muita gente contente, muitos com bandeiras da China, t-shirts com a bandeira chinesa e slogans patrióticos em que ouvia "Zhongguó" , i.e. China, a intervalos regulares.Muitas camionetas que transportavam magotes de gente. Pelo meio outras pessoas com bandeirolas verdes (com a bandeira de Macau), alguns estrangeiros, como eu e um grupo de lusófonos que agitava as bandeiras de Portugal, Brasil, Angola, Timor.

Enquanto esperava pela passagem da tão famigerada chama meteram conversa comigo no pouco chinês que falo e no pouco inglês que eles falavam. Nenhum era de Macau. Os chineses com bandeiras chinesas à minha volta (e se os havia) vinham todos de Zhuhai, cidade do continente que faz fronteira com Macau. Eram todos muito curiosos e queriam aproveitar para falar inglês, saber coisas de onde vinha. Falaram-me logo do Figo. Juro, futebol, volta tás perdoado!

Coincidência ou não, todos os asiáticos com quem falei e que tinham bandeirolas verdes eram de Macau e os de bandeirolas vermelhas eram da China RPC. Não seria assim em todos os casos seguramente, mas achar que dos 250 000 que vieram às ruas eram todos macaenses a expressar o patriotismo pela RPC parece-me uma extrapolação forçada, para não dizer muito forçada.

Cereja sobre o bolo: no início do cortejo passaram umas camionetas com música representando os patrocinadores. Foi curiosamente paradoxal ver os chineses continentais a gritar vivas à China à passagem do camião da Coca-cola, quer dizer, Coca-cola, right, primeiro patrocinador, vivas de histeria, Coca-cola repito, seguida da Samsung...

Havia polícia por todo lado num aparato que quase me levou a crer que estava ali para ver passar o Papa ou o Dalai em pessoa, perdão a "clique" como lhe chama a imprensa chinesa. Mas não, era só a chama olímpica mesmo. Depois daqueles minutinhos de histeria, o pessoal debandou, mandou a chama continuar a sua volta e foi passear para a beira-mar, na Doca dos pescadores (Fisherman's Wharf) que não é todos os dias que se vem do "contenente" à "cedade".

Eu peguei nas minha coisitas e fui apanhar o ferry para Hong Kong.

Ora bem, Hong Kong (segue no próximo post).